No mês de dezembro de 1987, na cidade de Bauru, São Paulo, 250 manifestantes, dentre usuários e trabalhadores de saúde mental, foram para as ruas, de faixas em punho e palavras de ordem, gritando por uma sociedade sem manicômios. De lá para cá, o movimento evoluiu e fez história nesses 20 anos passados (www.pol.org.br).
O dia 18 de maio, data oficial do dia da luta antimanicomial, é comemorado por ser a data de fundação de um dos maiores hospitais psiquiátricos do país, o Juquery de Franco da Rocha, localizado no Estado de São Paulo, símbolo maior do processo de isolamento social do ser humano com tratamento degradante, segregando o paciente do seu meio social. Diante disso, o dia 18 de maio passou a data nacional da luta contra os manicômios, que deve ser comemorada lembrando que as subjetividades individuais contribuem na construção do todo social e que a aceitação das diferenças, fazem parte do ideal de democracia e da esperança de um mundo mais humano possível.
É dia também de reafirmar o compromisso com a causa antimanicomial, pelo fim dos hospícios, vistos como instituições ultrapassadas; dia de comemorar a implantação dos CAPS em todo o Brasil, como resultado do movimento da Reforma Psiquiátrica, que com a adoção de serviços substitutivos aos manicômios já conseguiu desospitalizar muitos internos e reduzir o número de leitos psiquiátricos.
Mas nós, profissionais de saúde, ainda precisamos fazer muito. Precisamos lutar e defender o não fechamento dos espaços destinados ao cuidado humanizado de pacientes psiquiátricos e seus familiares; precisamos debater as políticas públicas voltadas à área da saúde mental . Nos últimos anos em Belém, por exemplo, houve um desmatelamento da política de atendimento àqueles que merecem ser tratados dignamente. É por isso que temos visto, constantemente, pessoas com sofrimento mental andando pelas ruas da cidade, completamente desamparadas.
Guilherme Wady
Psicólogo; Mestre em Teoria e Pesquisa do Comportamento.
O dia 18 de maio, data oficial do dia da luta antimanicomial, é comemorado por ser a data de fundação de um dos maiores hospitais psiquiátricos do país, o Juquery de Franco da Rocha, localizado no Estado de São Paulo, símbolo maior do processo de isolamento social do ser humano com tratamento degradante, segregando o paciente do seu meio social. Diante disso, o dia 18 de maio passou a data nacional da luta contra os manicômios, que deve ser comemorada lembrando que as subjetividades individuais contribuem na construção do todo social e que a aceitação das diferenças, fazem parte do ideal de democracia e da esperança de um mundo mais humano possível.
É dia também de reafirmar o compromisso com a causa antimanicomial, pelo fim dos hospícios, vistos como instituições ultrapassadas; dia de comemorar a implantação dos CAPS em todo o Brasil, como resultado do movimento da Reforma Psiquiátrica, que com a adoção de serviços substitutivos aos manicômios já conseguiu desospitalizar muitos internos e reduzir o número de leitos psiquiátricos.
Mas nós, profissionais de saúde, ainda precisamos fazer muito. Precisamos lutar e defender o não fechamento dos espaços destinados ao cuidado humanizado de pacientes psiquiátricos e seus familiares; precisamos debater as políticas públicas voltadas à área da saúde mental . Nos últimos anos em Belém, por exemplo, houve um desmatelamento da política de atendimento àqueles que merecem ser tratados dignamente. É por isso que temos visto, constantemente, pessoas com sofrimento mental andando pelas ruas da cidade, completamente desamparadas.
Guilherme Wady
Psicólogo; Mestre em Teoria e Pesquisa do Comportamento.
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